PLANO DE AULA
Escola Estadual Dolores Alcaraz Caldas.
Professora: Cristina Lima da Costa
Série: 3 ano
Turno: Tarde
CIÊNCIAS
Objetivos:
• Identificar a audição como o sentido que nos permite perceber os sons,
• Reconhecer o ouvido como o órgão dos sentidos da audição,
• Reconhecer no seu ambiente os aspectos relacionados a poluição sonora.
• Expressar-se com clareza
• Desenvolver a percepção auditiva
Conteúdos:
• Os sentidos,
• Expressão verbal
• Percepção auditiva
Metodologia:
1) Percepções por meio dos sons:
• Organizar o espaço da sala de aula para que os alunos possam se sentar no chão ou até mesmo deitar. Apagar todas as luzes e tentar escurecer o ambiente o máximo que puder. Se possível, vendar os olhos deles, para que a sensação de escuridão seja ainda maior. Em seguida, emitir diferentes sons, simultaneamente que podem vir de aparelhos sonoros, apitos, rádios, CDs... Na última etapa propor que as crianças descrevam as sensações vivenciadas com o experimento dos sons.
• Discussão dos resultados: Depois que os alunos respondem aos primeiros questionamentos individualmente, é importante socializar as respostar, discutindo o que cada um percebeu ou sentiu.
2) Texto de apoio sobre a poluição sonora.
3) Atividade complementar: Propor ao alunos que respondam as perguntas, pensando em como a poluição afeta a vida e em que medida podem cuidar disso. Compartilhar as respostas e fazer uma lista com dicas para evitar a poluição sonora nos lugares em que vivemos.
Recursos:
• Aparelho de som, cd e tecido para vendar os olhos, xerox do texto
Avaliação: Será através das produções e observações realizadas pelas crianças.
MATEMÁTICA.
Objetivos:
• Efetuar operações de adição, subtração e multiplicação,
• Trabalhar em grupo esperando sua vez de jogar.
Conteúdos:
• Adição, subtração e multiplicação
Metodologia:
• A turma se dividirá em grupos e será entregue um jogo para cada grupo,
• Aprender a perder e ganhar no jogo.
• Desenvolver o raciocínio lógico,
Recursos:
• Jogos de memória e dominó das operações.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
domingo, 27 de junho de 2010
Planejamento.
Segundo as minhas leituras o planejamento deve ser feito considerando a coerência entre teoria e prática, clareza de conteúdos e objetivos, o aluno, sistema de avaliação, controle de variáveis didáticas.
Planejamento é o processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, entre recursos e objetivos, visando o melhor funcionamento de uma empresa instituições, setores de trabalho, organizações grupais e outras atividades humanas. O ato de planejar é sempre um processo de previsão de necessidades e racionalização de emprego de materiais e recursos humanos disponíveis, visando a concretização de objetivos, em prazos determinados e etapas definidas, a partir dos resultados das avaliações.
O planejamento educacional é um processo contínuo que se preocupa para onde ir e quais as maneiras adequadas para chegar lá, tendo em vista a situação presente e possibilidades futuras, para que o desenvolvimento da educação atenda tanto as necessidades da sociedade, quanto as do indivíduo.
Somente com a elaboração do planejamento se pode esclarecer o que se deve realizar para que as finalidades possam ser atendidas. Sem ele não é possível estipular metas e sem metas, os objetivos da educação não são alcançados.
Não é um processo estático, mas dinâmico, onde podem ser redefinidos os objetivos. È de suma importância que professores e todos envolvidos em ações educativas, leve em conta a flexibilidade como um fator de competência dos profissionais. Desta forma, ele fica passível de uma nova transformação e adaptação a situações novas que surgirem no cotidiano escolar.
“Todo plano que não obedecer ao princípio da flexibilidade, que não possa ser mudado ou reestruturado, quando necessário está fadado ao fracasso, podendo se tornar um meio de dominação”. ( MENEGOLLA; SANTANNA, 2009).
A escola deve elaborar os seus planos curriculares, partindo da orientação dada pela lei ou pelos sistemas, com a finalidade de atender as características locais e as necessidades da comunidade. Cada escola precisa adequar os planejamentos a realidade de sua região, respeitando a realidade de seus alunos.
Segundo as minhas leituras o planejamento deve ser feito considerando a coerência entre teoria e prática, clareza de conteúdos e objetivos, o aluno, sistema de avaliação, controle de variáveis didáticas.
Planejamento é o processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, entre recursos e objetivos, visando o melhor funcionamento de uma empresa instituições, setores de trabalho, organizações grupais e outras atividades humanas. O ato de planejar é sempre um processo de previsão de necessidades e racionalização de emprego de materiais e recursos humanos disponíveis, visando a concretização de objetivos, em prazos determinados e etapas definidas, a partir dos resultados das avaliações.
O planejamento educacional é um processo contínuo que se preocupa para onde ir e quais as maneiras adequadas para chegar lá, tendo em vista a situação presente e possibilidades futuras, para que o desenvolvimento da educação atenda tanto as necessidades da sociedade, quanto as do indivíduo.
Somente com a elaboração do planejamento se pode esclarecer o que se deve realizar para que as finalidades possam ser atendidas. Sem ele não é possível estipular metas e sem metas, os objetivos da educação não são alcançados.
Não é um processo estático, mas dinâmico, onde podem ser redefinidos os objetivos. È de suma importância que professores e todos envolvidos em ações educativas, leve em conta a flexibilidade como um fator de competência dos profissionais. Desta forma, ele fica passível de uma nova transformação e adaptação a situações novas que surgirem no cotidiano escolar.
“Todo plano que não obedecer ao princípio da flexibilidade, que não possa ser mudado ou reestruturado, quando necessário está fadado ao fracasso, podendo se tornar um meio de dominação”. ( MENEGOLLA; SANTANNA, 2009).
A escola deve elaborar os seus planos curriculares, partindo da orientação dada pela lei ou pelos sistemas, com a finalidade de atender as características locais e as necessidades da comunidade. Cada escola precisa adequar os planejamentos a realidade de sua região, respeitando a realidade de seus alunos.
PROJETO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE
Título: Ser humano e Saúde.
Escola Estadual Dolores Alcaraz Caldas
Turmas envolvidas: 3 ano do Ensino Fundamental
Período de duração: 2 semanas.
Professora: Cristina Lima da Costa.
Justificativa: O corpo humano é a mais perfeita máquina já construída e é formado por diversas partes que se relacionam entre si, ou seja, os vários sistemas que formam nosso organismo dependem um do outro para realizarem suas atividades. Milhares de reações químicas acontecem a todo o momento e são responsáveis pela manutenção e o funcionamento perfeito do nosso corpo. O corpo humano vem se transformando e evoluindo para se adaptar aos diversos ambientes que o homem foi conquistando com o passar do tempo.
Os sentidos são a porta de ligação do nosso meio interno com o ambiente. Por meio dos sentidos, o organismo pode perceber as coisas que nos rodeiam e mandar as mensagens necessárias para nossa melhor adaptação, contribuindo assim, com a sobrevivência e a integração do ser humano com o ambiente no qual ele está inserido. A construção desse conhecimento se dará ao longo do estudo. Os alunos também poderão perceber que há sentidos, como olfato, visão e paladar, e que estão intimamente ligados.
Através deste projeto o professor poderá diagnosticar se os alunos apresentam alguma deficiência, ou até mesmo dificuldade escolar devido a sua deficiência, procurando assim encaminhar o aluno para solucionar o seu problema de saúde.
Objetivo Geral: Oferecer condições aos alunos para que possam perceber que possuem sensações e que podem ser percebidas e estimuladas por meio do ambiente e do contato consigo mesmo e levá-los a reconhecer os órgãos que produzem tais sensações.
Objetivos específicos:
•Identificar a visão, o paladar, a audição e o olfato como os sentidos, na qual podemos perceber o mundo,
•Conhecer as partes do corpo, sua importância e os cuidados higiênicos,
•Estabelecer relações entre os órgãos dos sentidos, o meio e a saúde das pessoas,
•Levantar hipóteses relacionados à poluição visual e sonora,
•Rede de apoio,
•Sala das sensações.
Metodologia:
•O projeto iniciará com uma brincadeira e a partir daí se desenvolverá as demais atividades.
•Jogos e brincadeiras (percebendo as texturas, identificando sons, circuito dos sentidos, percepções por meio dos sons, explorando o espaço escolar, percebendo os diferentes cheiros,, circuito tátil ),
•Levantamento de hipóteses,
•Experimentos,
•Discussão dos resultados,
•Textos de apoio.
ALUNA: CRISTINA LIMA DA COSTA
CURSO: PEDAGOGIA NOITE
Avaliação:
•A avaliação será feita através dos registros diários que as crianças produzem nas diferentes etapas do projeto, exprimindo o que pensa, descrevendo o que fez e o que observou, interpretando os resultados de um experimento, reformando suas hipóteses iniciais e formulando suas primeiras conclusões.
Referências Bibliográficas:
•Souza Corrêa, Aline. Novos Caminhos, Formação Continuada Teoria e pratica na sala de aula, 3 ano, Teoria Geral de Ciências Naturais.
Título: Ser humano e Saúde.
Escola Estadual Dolores Alcaraz Caldas
Turmas envolvidas: 3 ano do Ensino Fundamental
Período de duração: 2 semanas.
Professora: Cristina Lima da Costa.
Justificativa: O corpo humano é a mais perfeita máquina já construída e é formado por diversas partes que se relacionam entre si, ou seja, os vários sistemas que formam nosso organismo dependem um do outro para realizarem suas atividades. Milhares de reações químicas acontecem a todo o momento e são responsáveis pela manutenção e o funcionamento perfeito do nosso corpo. O corpo humano vem se transformando e evoluindo para se adaptar aos diversos ambientes que o homem foi conquistando com o passar do tempo.
Os sentidos são a porta de ligação do nosso meio interno com o ambiente. Por meio dos sentidos, o organismo pode perceber as coisas que nos rodeiam e mandar as mensagens necessárias para nossa melhor adaptação, contribuindo assim, com a sobrevivência e a integração do ser humano com o ambiente no qual ele está inserido. A construção desse conhecimento se dará ao longo do estudo. Os alunos também poderão perceber que há sentidos, como olfato, visão e paladar, e que estão intimamente ligados.
Através deste projeto o professor poderá diagnosticar se os alunos apresentam alguma deficiência, ou até mesmo dificuldade escolar devido a sua deficiência, procurando assim encaminhar o aluno para solucionar o seu problema de saúde.
Objetivo Geral: Oferecer condições aos alunos para que possam perceber que possuem sensações e que podem ser percebidas e estimuladas por meio do ambiente e do contato consigo mesmo e levá-los a reconhecer os órgãos que produzem tais sensações.
Objetivos específicos:
•Identificar a visão, o paladar, a audição e o olfato como os sentidos, na qual podemos perceber o mundo,
•Conhecer as partes do corpo, sua importância e os cuidados higiênicos,
•Estabelecer relações entre os órgãos dos sentidos, o meio e a saúde das pessoas,
•Levantar hipóteses relacionados à poluição visual e sonora,
•Rede de apoio,
•Sala das sensações.
Metodologia:
•O projeto iniciará com uma brincadeira e a partir daí se desenvolverá as demais atividades.
•Jogos e brincadeiras (percebendo as texturas, identificando sons, circuito dos sentidos, percepções por meio dos sons, explorando o espaço escolar, percebendo os diferentes cheiros,, circuito tátil ),
•Levantamento de hipóteses,
•Experimentos,
•Discussão dos resultados,
•Textos de apoio.
ALUNA: CRISTINA LIMA DA COSTA
CURSO: PEDAGOGIA NOITE
Avaliação:
•A avaliação será feita através dos registros diários que as crianças produzem nas diferentes etapas do projeto, exprimindo o que pensa, descrevendo o que fez e o que observou, interpretando os resultados de um experimento, reformando suas hipóteses iniciais e formulando suas primeiras conclusões.
Referências Bibliográficas:
•Souza Corrêa, Aline. Novos Caminhos, Formação Continuada Teoria e pratica na sala de aula, 3 ano, Teoria Geral de Ciências Naturais.
domingo, 13 de dezembro de 2009
A Construção escolar das diferenças.
A Instituição escolar é concebida de muitas diferenças, distinções e desigualdades. Começou a separar os sujeitos, tornando distintos os que freqüentavam à escola dos que não tinham acesso a ela. Dividiu internamente, separando os adultos das crianças, os meninos das meninas, os pobres dos ricos, católicos e não católicos.
Concebida para acolher alguns, mas não todos e aos poucos foi sendo requisitada e freqüentada por aqueles cujo acesso havia sido negado. Com isso a escola precisou de diversas transformações.
O espaço escolar já foi pensado e construído nesta forma, para que já houvesse a separação.
Os currículos, normas, procedimentos de ensino, teorias, linguagem, materiais didáticos, avaliação são seguramente, loci das diferenças de gênero, sexualidade, etnia, classe. Precisamos questionar não apenas o que ensinamos, mas o modo como ensinamos e que sentido nossos alunos dão ao que aprendem. Por isso temos que estar atento para a nossa linguagem, procurando perceber o sexismo, o racismo e o etnocentrismo que carregamos.
No ambiente escolar conhecemos e sentimos os mais variados cheiros, sons, sendo eles bons ou ruins e aprendemos a aceitar ou rejeitar.
Na sala de aula de aula vemos professores realizando separações nas brincadeiras falando que menina não brinca com brinquedo de menino e vice-versa, reparando e consertando a maneira de sentar de uma menina e mesmo dizendo que uma menina mais agitada que gosta de brincadeiras com meninos chamando-a de Moleca por isso.
Antigamente as escolas femininas se dedicavam a repetidas aulas de treino das habilidades manuais preparando jovens prendadas. Percebia-se na forma de ser e de agir se a menina ou o menino era normalista ou militar ou estado no seminário.
Na minha maneira de pensar penso que os comportamentos de meninos e meninas já não são mais como antes, devido às várias influências inclusive dos meios de comunicação. Por isso não podemos esperar que somente os meninos tenham comportamentos mais agitados, curiosos e agressivos e que meninas sejam mais tranqüilas. Eu mesma já tive turmas na qual as meninas eram mais agitadas e quando isso ocorre não podemos dizer que há desvios de comportamento.
Observa-se também nos livros didáticos que a diversidade de arranjos familiares e sociais, a pluralidade de atividades exercidas pelos sujeitos, o cruzamento das fronteiras, as trocas, as solidariedades e os conflitos são ignorados. Exemplos de discriminação nos livros didáticos, pois se referem aos negros a situações de hierarquicamente inferiores ou subordinadas.
Há professores que ainda hoje tem uma visão de que as mulheres são fisicamente menos capazes que os homens.
A Educação Física, também é privilegiada por manifestações com relação a sexualidade das crianças. Estudiosos que se dedicam ao estudo da sexualidade, afirmam que para vários homens praticar esportes durante a vida escolar era considerado “natural”, e o seu oposto era indicação de algo está errado. Sendo que o futebol é considerado quase que uma obrigação para qualquer menino normal e sadio. Quando ouvimos um homem falar que não gosta de futebol já o olhamos de maneira achando que algo está errado.
A linguagem, as tática de organização e de classificação, os distintos procedimentos das disciplinas escolares são todos, campos de um exercício desigual de poder.
Os currículos, regulamentos, instrumentos de avaliação e ordenamento dividem, hierarquizam, subordinam legitimam ou desqualificam os sujeitos.
Se quisermos reduzir e transformar toda a sociedade a partir da escola deveu adotar uma atitude vigilante e contínua no sentido de procurar desestabilizar as divisões e problematizar a conformidade com o natural, isso implica disposição e capacidade para interferir nos jogos de poder.
O Gênero da docência.
A Instituição escolar é primeiramente masculina e religiosa, marcada e voltada para a formação de um católico exemplar. A escola foi atribuída a produção do cristão, o cidadão responsável, dos homens e das mulheres virtuosos. Esse modelo de ensino permanece no país por um longo tempo. Com o passar dos anos foi percebendo que as práticas e arranjos de ensino sugerem algumas continuidades no processo educativo escolar, por outro, certas modificações indicam possíveis descontinuidade e rupturas. O Magistério e a escola transformam-se historicamente. Os sujeitos que circulam se diversificam e a instituição, talvez seja, sob vários aspectos, outra instituição. A mudança mais evidente nesse processo de transformação está a feminização do magistério.
No Brasil foi possível identificar essa transformação ao longo da segunda metade do século XIX, permitindo assim não apenas a entrada das mulheres nas salas de aulas, mas também o seu predomínio como docentes.
O magistério tornou-se atividade permitida e indicada para mulheres, representado de um modo novo na medida em que se feminiza e para que possa de fato, se feminizar.
Inicialmente estabelecem-se funções distintas para eles e para elas, ou seja, separados por gênero. Senhoras honestas e prudentes ensinam meninas, homens ensinam meninos, os currículos e programas distinguem conhecimentos e habilidades adequados a eles ou a elas, recebem salários diferentes, disciplinam de modo diferente seus estudantes têm objetivos de formação diferentes e avaliam de formas distintas.
Aos poucos foi crescendo os argumentos a favor da instrução feminina, vinculando-a à educação dos filhos e filhas.
Nesse processo de feminização, o magistério era associado às mulheres, como amor, a sensibilidade, o cuidado, etc., para que assim possa ser reconhecido como uma profissão admissível.
A representação do magistério é transformada, na qual as professoras são compreendidas como mães espirituais.
Até nos dias de hoje nós professores, principalmente de Educação Infantil, como mães sendo que os pais preocupam-se mais com os cuidados como alimentação, o sono e a parte pedagógica é deixada de lado por eles. Além de nos chamarem de “tias”.
A imagem do professor era vista como uma mulher assexuada, solteirona e os trajes e seus modos devem ser assexuados. A vida pessoal deve ser discreta e reservada.
Ainda hoje o professor é representado dessa maneira. Algumas instituições ditam a maneira de vestir, com trajes assexuados manter-se discreta como devem se comportar dentro e fora da instituição.
Não existe tal identidade, tanto porque não há só uma verdadeira representação desse sujeito, mesmo porque ele não é apenas um professor ou professora. Os alunos sabem disso e são capazes de compreender quando observam seus professores e professoras na rua, na praia, num shopping, ou num bar. Em algumas dessas situações, talvez eles e elas até lhes pareçam “outras pessoas”, despidos como estão dos símbolos e códigos que, através de suas roupas, gestos e linguagem, representam a incorporação da docência.
A Instituição escolar é concebida de muitas diferenças, distinções e desigualdades. Começou a separar os sujeitos, tornando distintos os que freqüentavam à escola dos que não tinham acesso a ela. Dividiu internamente, separando os adultos das crianças, os meninos das meninas, os pobres dos ricos, católicos e não católicos.
Concebida para acolher alguns, mas não todos e aos poucos foi sendo requisitada e freqüentada por aqueles cujo acesso havia sido negado. Com isso a escola precisou de diversas transformações.
O espaço escolar já foi pensado e construído nesta forma, para que já houvesse a separação.
Os currículos, normas, procedimentos de ensino, teorias, linguagem, materiais didáticos, avaliação são seguramente, loci das diferenças de gênero, sexualidade, etnia, classe. Precisamos questionar não apenas o que ensinamos, mas o modo como ensinamos e que sentido nossos alunos dão ao que aprendem. Por isso temos que estar atento para a nossa linguagem, procurando perceber o sexismo, o racismo e o etnocentrismo que carregamos.
No ambiente escolar conhecemos e sentimos os mais variados cheiros, sons, sendo eles bons ou ruins e aprendemos a aceitar ou rejeitar.
Na sala de aula de aula vemos professores realizando separações nas brincadeiras falando que menina não brinca com brinquedo de menino e vice-versa, reparando e consertando a maneira de sentar de uma menina e mesmo dizendo que uma menina mais agitada que gosta de brincadeiras com meninos chamando-a de Moleca por isso.
Antigamente as escolas femininas se dedicavam a repetidas aulas de treino das habilidades manuais preparando jovens prendadas. Percebia-se na forma de ser e de agir se a menina ou o menino era normalista ou militar ou estado no seminário.
Na minha maneira de pensar penso que os comportamentos de meninos e meninas já não são mais como antes, devido às várias influências inclusive dos meios de comunicação. Por isso não podemos esperar que somente os meninos tenham comportamentos mais agitados, curiosos e agressivos e que meninas sejam mais tranqüilas. Eu mesma já tive turmas na qual as meninas eram mais agitadas e quando isso ocorre não podemos dizer que há desvios de comportamento.
Observa-se também nos livros didáticos que a diversidade de arranjos familiares e sociais, a pluralidade de atividades exercidas pelos sujeitos, o cruzamento das fronteiras, as trocas, as solidariedades e os conflitos são ignorados. Exemplos de discriminação nos livros didáticos, pois se referem aos negros a situações de hierarquicamente inferiores ou subordinadas.
Há professores que ainda hoje tem uma visão de que as mulheres são fisicamente menos capazes que os homens.
A Educação Física, também é privilegiada por manifestações com relação a sexualidade das crianças. Estudiosos que se dedicam ao estudo da sexualidade, afirmam que para vários homens praticar esportes durante a vida escolar era considerado “natural”, e o seu oposto era indicação de algo está errado. Sendo que o futebol é considerado quase que uma obrigação para qualquer menino normal e sadio. Quando ouvimos um homem falar que não gosta de futebol já o olhamos de maneira achando que algo está errado.
A linguagem, as tática de organização e de classificação, os distintos procedimentos das disciplinas escolares são todos, campos de um exercício desigual de poder.
Os currículos, regulamentos, instrumentos de avaliação e ordenamento dividem, hierarquizam, subordinam legitimam ou desqualificam os sujeitos.
Se quisermos reduzir e transformar toda a sociedade a partir da escola deveu adotar uma atitude vigilante e contínua no sentido de procurar desestabilizar as divisões e problematizar a conformidade com o natural, isso implica disposição e capacidade para interferir nos jogos de poder.
O Gênero da docência.
A Instituição escolar é primeiramente masculina e religiosa, marcada e voltada para a formação de um católico exemplar. A escola foi atribuída a produção do cristão, o cidadão responsável, dos homens e das mulheres virtuosos. Esse modelo de ensino permanece no país por um longo tempo. Com o passar dos anos foi percebendo que as práticas e arranjos de ensino sugerem algumas continuidades no processo educativo escolar, por outro, certas modificações indicam possíveis descontinuidade e rupturas. O Magistério e a escola transformam-se historicamente. Os sujeitos que circulam se diversificam e a instituição, talvez seja, sob vários aspectos, outra instituição. A mudança mais evidente nesse processo de transformação está a feminização do magistério.
No Brasil foi possível identificar essa transformação ao longo da segunda metade do século XIX, permitindo assim não apenas a entrada das mulheres nas salas de aulas, mas também o seu predomínio como docentes.
O magistério tornou-se atividade permitida e indicada para mulheres, representado de um modo novo na medida em que se feminiza e para que possa de fato, se feminizar.
Inicialmente estabelecem-se funções distintas para eles e para elas, ou seja, separados por gênero. Senhoras honestas e prudentes ensinam meninas, homens ensinam meninos, os currículos e programas distinguem conhecimentos e habilidades adequados a eles ou a elas, recebem salários diferentes, disciplinam de modo diferente seus estudantes têm objetivos de formação diferentes e avaliam de formas distintas.
Aos poucos foi crescendo os argumentos a favor da instrução feminina, vinculando-a à educação dos filhos e filhas.
Nesse processo de feminização, o magistério era associado às mulheres, como amor, a sensibilidade, o cuidado, etc., para que assim possa ser reconhecido como uma profissão admissível.
A representação do magistério é transformada, na qual as professoras são compreendidas como mães espirituais.
Até nos dias de hoje nós professores, principalmente de Educação Infantil, como mães sendo que os pais preocupam-se mais com os cuidados como alimentação, o sono e a parte pedagógica é deixada de lado por eles. Além de nos chamarem de “tias”.
A imagem do professor era vista como uma mulher assexuada, solteirona e os trajes e seus modos devem ser assexuados. A vida pessoal deve ser discreta e reservada.
Ainda hoje o professor é representado dessa maneira. Algumas instituições ditam a maneira de vestir, com trajes assexuados manter-se discreta como devem se comportar dentro e fora da instituição.
Não existe tal identidade, tanto porque não há só uma verdadeira representação desse sujeito, mesmo porque ele não é apenas um professor ou professora. Os alunos sabem disso e são capazes de compreender quando observam seus professores e professoras na rua, na praia, num shopping, ou num bar. Em algumas dessas situações, talvez eles e elas até lhes pareçam “outras pessoas”, despidos como estão dos símbolos e códigos que, através de suas roupas, gestos e linguagem, representam a incorporação da docência.
domingo, 6 de dezembro de 2009
Alfabetização e Letramento
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO.
Segundo as leituras realizadas alfabetização é o processo pelo qual se adquire o domínio de um código e das habilidades de utilizá-lo para ler e escrever.
Letramento é muito mais que alfabetização. O letramento é o estado, uma condição: o estado ou condição de quem interage com diferentes portadores de leitura e de escrita, com diferentes gêneros e tipos de leitura e de escrita, com as diferentes funções que a leitura e a escrita desempenham na nossa vida. Letramento é o estado ou condição de quem se envolve nas numerosas e variadas práticas sociais de leitura e de escrita.
Com o passar dos anos, o alfabetismo vem sendo superado, na qual um número cada vez maior de pessoas demonstra interesse pelo aprender a ler e a escrever, mas percebe-se que não basta apenas aprender a ler e a escrever. O que acontece é que as pessoas se alfabetizam, aprendem a ler e a escrever, mas não incorporam a prática da leitura e escrita no seu dia-a-dia, ou seja não lêem livros, jornais, revistas, não sabem redigir um ofício, escrever uma carta simples. A partir desse fenômeno observou-se a necessidade de levar os indivíduos ao letramento. Assim teríamos duas ações distintas, mas não inseparáveis, ao contrário, observou-se que o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja, ensinar a ler e a escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo se tornasse, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado.
- Um adulto pode ser analfabeto e letrado não sabe ler nem escrever, mas usa a escrita: pede a alguém que escreva por ele, dita uma carta, sabe pegar um ônibus pela observação de um código.
- Uma criança pode ainda não ser alfabetizada, mas ser letrada: que convive com livros, que vê os adultos lendo e escrevendo, finge que está lendo historinhas, conhece objetos através de rótulos como a Coca-Cola, Mc Donalds.
- Um adulto pode ser alfabetizado e não letrado, por não ter o habito de ler livros, jornais, revistas, não sabe preencher um formulário.
Alfabetização é o processo pelo qual se adquire o domínio de um código e das habilidades de utilizá-lo para ler e escrever, ou seja, o domínio da tecnologia do conjunto das técnicas para exercer a arte e ciência da escrita. Letramento que implica nas habilidades várias tais como: capacidade de ler ou escrever para atingir objetivos (In Ribeiro, 2003, p.91)
Ao permitir que o sujeito interprete, divirta-se, seduza, sistematize, confronte, induza, documente, informe, oriente-se, reivindique e garanta a sua memória, o efetivo uso da escrita garante-lhe uma condição diferenciada na sua relação com o mundo, um estado não necessariamente conquistado por aquele que apenas domina o código (Soares, 1998). Por isso, aprender a ler e escrever implica não apenas o conhecimento das letras e do modo de decodificá-las, mas a possibilidade de usar esse conhecimento em benefício de formas de expressão e comunicação, possíveis, reconhecidas, necessárias e legítimas em um determinado contexto cultural.
A alfabetização acontece nos primeiros anos de escolaridade, mas não ocorre só nesse período, porque por toda a vida escolar os alunos estão avançando em seu domínio do sistema ortográfico, pois todo momento estamos aprendendo palavras novas e novos conhecimentos.
O letramento começa bem antes do processo de alfabetização, pois a criança é rodeada de material escrito e de pessoas que usam a leitura e a escrita e se dá por toda a vida do indivíduo. Não é um processo apenas do professor de português e sim obrigação de todos os professores, em todas as disciplinas e áreas do conhecimento.
Ainda quanto às diferenças entre letramento e alfabetização é necessário alertar que, estes dois processos estão diretamente ligados, contudo, devemos separá-los quanto ao seu abarcamento, devido as suas distinções já mencionadas anteriormente.
Segundo as leituras realizadas alfabetização é o processo pelo qual se adquire o domínio de um código e das habilidades de utilizá-lo para ler e escrever.
Letramento é muito mais que alfabetização. O letramento é o estado, uma condição: o estado ou condição de quem interage com diferentes portadores de leitura e de escrita, com diferentes gêneros e tipos de leitura e de escrita, com as diferentes funções que a leitura e a escrita desempenham na nossa vida. Letramento é o estado ou condição de quem se envolve nas numerosas e variadas práticas sociais de leitura e de escrita.
Com o passar dos anos, o alfabetismo vem sendo superado, na qual um número cada vez maior de pessoas demonstra interesse pelo aprender a ler e a escrever, mas percebe-se que não basta apenas aprender a ler e a escrever. O que acontece é que as pessoas se alfabetizam, aprendem a ler e a escrever, mas não incorporam a prática da leitura e escrita no seu dia-a-dia, ou seja não lêem livros, jornais, revistas, não sabem redigir um ofício, escrever uma carta simples. A partir desse fenômeno observou-se a necessidade de levar os indivíduos ao letramento. Assim teríamos duas ações distintas, mas não inseparáveis, ao contrário, observou-se que o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja, ensinar a ler e a escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo se tornasse, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado.
- Um adulto pode ser analfabeto e letrado não sabe ler nem escrever, mas usa a escrita: pede a alguém que escreva por ele, dita uma carta, sabe pegar um ônibus pela observação de um código.
- Uma criança pode ainda não ser alfabetizada, mas ser letrada: que convive com livros, que vê os adultos lendo e escrevendo, finge que está lendo historinhas, conhece objetos através de rótulos como a Coca-Cola, Mc Donalds.
- Um adulto pode ser alfabetizado e não letrado, por não ter o habito de ler livros, jornais, revistas, não sabe preencher um formulário.
Alfabetização é o processo pelo qual se adquire o domínio de um código e das habilidades de utilizá-lo para ler e escrever, ou seja, o domínio da tecnologia do conjunto das técnicas para exercer a arte e ciência da escrita. Letramento que implica nas habilidades várias tais como: capacidade de ler ou escrever para atingir objetivos (In Ribeiro, 2003, p.91)
Ao permitir que o sujeito interprete, divirta-se, seduza, sistematize, confronte, induza, documente, informe, oriente-se, reivindique e garanta a sua memória, o efetivo uso da escrita garante-lhe uma condição diferenciada na sua relação com o mundo, um estado não necessariamente conquistado por aquele que apenas domina o código (Soares, 1998). Por isso, aprender a ler e escrever implica não apenas o conhecimento das letras e do modo de decodificá-las, mas a possibilidade de usar esse conhecimento em benefício de formas de expressão e comunicação, possíveis, reconhecidas, necessárias e legítimas em um determinado contexto cultural.
A alfabetização acontece nos primeiros anos de escolaridade, mas não ocorre só nesse período, porque por toda a vida escolar os alunos estão avançando em seu domínio do sistema ortográfico, pois todo momento estamos aprendendo palavras novas e novos conhecimentos.
O letramento começa bem antes do processo de alfabetização, pois a criança é rodeada de material escrito e de pessoas que usam a leitura e a escrita e se dá por toda a vida do indivíduo. Não é um processo apenas do professor de português e sim obrigação de todos os professores, em todas as disciplinas e áreas do conhecimento.
Ainda quanto às diferenças entre letramento e alfabetização é necessário alertar que, estes dois processos estão diretamente ligados, contudo, devemos separá-los quanto ao seu abarcamento, devido as suas distinções já mencionadas anteriormente.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Atividades para educação infantil
Atividade Educativa
Essas atividades foram realizadas para turmas de educação infantil com o objetivo de reforçar conteúdos em sala de aula e trabalhando de maneira lúdica na sala de aula.
Essas atividades foram realizadas para turmas de educação infantil com o objetivo de reforçar conteúdos em sala de aula e trabalhando de maneira lúdica na sala de aula.
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